livreo

2008 -

pesquisa estrutural do formato-livro.

 

parte-se de um questionamento da estrutura do livro tradicional, desde a relação entre meio (de encadernação) e mensagem (impressa) até o processo de leitura do livro, em que leitor e autor ocupam posições mutuamente excludentes.

 

a solução apresentada ao lado é composta por uma pilha de folhas (flexíveis e rígidas) articuladas por um elástico. as folhas rígidas residem no meio da pilha, entre duas sequencias de folhas flexíveis. assim, o livro apresenta-se com duas capas (flexíveis) de onde pode partir a leitura.
através do manuseio do conjunto, as ordens inicialmente oferecidas se revelam mutáveis e remontáveis. mutáveis porque, ao desdobrar e redobrar o volume, o leitor pode posicionar uma folha do miolo no topo das demais, como capa, alterando os inícios do livro sem mudar a intercalação das folhas. remontáveis porque o leitor pode facilmente desmontar por inteiro o volume e alterar a intercalação das folhas, além de inserir folhas novas. a encadernação participa da composição visual das páginas, com os furos posicionados em meio a duas áreas de leitura. uma delas é acessível com o simples folheio do livro. a outra exige que o leitor dobre e desdobre o volume para acessar informações nem sempre aparentes. o que se busca com esse ocultamento é – além de propiciar múltiplos modos de ler uma mesma página – colocar em evidência a materialidade física do objeto.

 

formato utilizado no projeto antilogia.

sistema de encadernação

 

design
diogo damasio